Uma notícia recente reacendeu a esperança de muitos brasileiros que ainda sonham com o carro zero: a promessa de redução de IPI dos veículos "populares". Ainda hoje, o carro zero segue sendo objeto de desejo de muitas famílias brasileiras.
Confesso que, do ponto de vista econômico, ainda que não seja essa uma área na qual eu tenha um vasto entendimento, essa me pareceu uma proposta discutível, ainda mais depois de assistir à postagem a seguir no Instagram:
A primeira ideia que fui levado a pensar ao ouvir tal notícia (e posteriormente o vídeo acima) foi aquela que dá sentido a diversos contos, fábulas e até filmes, que diz "cuidado com o que você deseja, você pode acabar sendo atendido!". O que acabou por me remeter a outro artigo escrito há algum tempo, onde discorro sobre a responsabilidade do Estado de impor limites aos desejos da população através da uma analogia de uma criança diante da prateleira de doces em um supermercado.
Entretanto, é preciso analisar com alguma cautela a diferença entre desejo e carência... Será mesmo que para nossa jovem chamada Mobilidade, no atual momento desse mercado que é o trânsito, o mais saudável seja atender a seus sonhos de deleitar-se diante de guloseimas como a redução do IPI de veículos populares? Ou o mais lógico seria suprir suas necessidades mais urgentes, mesmo que com uma boa sopa de investimentos no transporte público?
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